Tanza
O que é ser um menino dentro de um conflito racial na Africa? Mendi Charef diretor do episódio Tanza do filme “All the Insivible Children” em português “Crianças Invisíveis”, nos oferece seu olhar sobre uma situação que nos chega em números de estatística e imagens expostas na televisão.
Para Charef Tanza é um menino que faz parte de um grupo de guerrilha mirim, que anda pela floresta com fuzil e metralhadora que se alimenta de uma comida feita por crianças, que calça um sapato maior que seu pé.
Tanza tem um parceiro (amigo seria uma palavra de luxo em um grupo onde o colega morto é substituído rapidamente), que tem a camiseta da seleção brasileira e em seu fuzil uma figurinha com o rosto estampado do Ronaldo Fenômeno demonstra admiração, interesse e conhecimento por assuntos do mundo além do conflito.
Enquanto cruzam território inóspito buscando um inimigo para acertar uma conta que foi iniciada pelas características de raça, pela posse de terra, Tanza encontra as ruínas de sua casa e escondidos sob o tijolo de uma parede estão seus tesouros, brinquedos preciosos que foram os companheiros da infância que habitou antes de ser um menino guerrilheiro.
Ao encontrarem seus inimigos, habitantes de uma aldeia, talvez muito parecida com a que ele viveu, onde seus moradores circulam e conversam, cujas crianças brincam despreocupadamente, talvez como a criança que ele foi um dia, mas que não reconhece mais, olhando para a aldeia o plano é traçado e os prédios que serão destruídos são escolhidos.
O prédio que Tanza arromba é a escola, com a bomba armada ele penetra em espaço de familiaridade, reconhece os objetos daquele lugar que como um templo oferece seus objetos sagrados para admiração, o quadro com perguntas que ele sabe a resposta, as fotografias da turma, os brinquedos, para todos estes elementos ele aponta e atira como se quisesse destruir tudo que elas lembram.
Depois ele senta em uma classe em frente ao quadro negro, retira os sapatos, descalça aquele símbolo de uma caminhada de adulto, de destruição e morte. Coloca os pés no chão de terra batida e cansado deita a cabeça sobre o detonador da bomba.
Charef nos oferece uma resposta, como pode ser um menino, muitos outros meninos, no meio de uma guerra, sem pais, sem cuidadores, com um passaporte carimbado para a morte.
Tanza é o primeiro dos muitos invisíveis lugares onde residem as infâncias.
O que é ser um menino dentro de um conflito racial na Africa? Mendi Charef diretor do episódio Tanza do filme “All the Insivible Children” em português “Crianças Invisíveis”, nos oferece seu olhar sobre uma situação que nos chega em números de estatística e imagens expostas na televisão.
Para Charef Tanza é um menino que faz parte de um grupo de guerrilha mirim, que anda pela floresta com fuzil e metralhadora que se alimenta de uma comida feita por crianças, que calça um sapato maior que seu pé.
Tanza tem um parceiro (amigo seria uma palavra de luxo em um grupo onde o colega morto é substituído rapidamente), que tem a camiseta da seleção brasileira e em seu fuzil uma figurinha com o rosto estampado do Ronaldo Fenômeno demonstra admiração, interesse e conhecimento por assuntos do mundo além do conflito.
Enquanto cruzam território inóspito buscando um inimigo para acertar uma conta que foi iniciada pelas características de raça, pela posse de terra, Tanza encontra as ruínas de sua casa e escondidos sob o tijolo de uma parede estão seus tesouros, brinquedos preciosos que foram os companheiros da infância que habitou antes de ser um menino guerrilheiro.
Ao encontrarem seus inimigos, habitantes de uma aldeia, talvez muito parecida com a que ele viveu, onde seus moradores circulam e conversam, cujas crianças brincam despreocupadamente, talvez como a criança que ele foi um dia, mas que não reconhece mais, olhando para a aldeia o plano é traçado e os prédios que serão destruídos são escolhidos.
O prédio que Tanza arromba é a escola, com a bomba armada ele penetra em espaço de familiaridade, reconhece os objetos daquele lugar que como um templo oferece seus objetos sagrados para admiração, o quadro com perguntas que ele sabe a resposta, as fotografias da turma, os brinquedos, para todos estes elementos ele aponta e atira como se quisesse destruir tudo que elas lembram.
Depois ele senta em uma classe em frente ao quadro negro, retira os sapatos, descalça aquele símbolo de uma caminhada de adulto, de destruição e morte. Coloca os pés no chão de terra batida e cansado deita a cabeça sobre o detonador da bomba.
Charef nos oferece uma resposta, como pode ser um menino, muitos outros meninos, no meio de uma guerra, sem pais, sem cuidadores, com um passaporte carimbado para a morte.
Tanza é o primeiro dos muitos invisíveis lugares onde residem as infâncias.
Texto complementar do texto apresentado para a disciplina de Educação, Saúdo e Corpo.
Escrito e postado por Larisa da Veiga Vieira Bandeira. IIIº Semestre. 2009
Um comentário:
esse filme e zikka
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